Santuário Arquidiocesano

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[Artigo] Iniciação à vida cristã – um encontro permanente com Jesus – Neusa Silveira de Souza

Falar de iniciação à vida cristã, falamos do nosso encontro com Jesus. No processo de Iniciação à vida cristã é de fundamental importância que sejam desenvolvidas, na catequese, algumas práticas importantes. A primeira delas é, a exemplo de Jesus, o aproximar-se das pessoas, dos catequizandos ou catecúmenos. Aproximar-se não só no sentido de estar perto, mas também do ser próximo, cuidar, conhecer a realidade de vida do outro, sua história. À medida que vai acontecendo esse conhecimento, essa aceitação das pessoas, essa escuta sem pressa, o caminho do outro vai se clareando, o coração se abrindo e daí pode surgir o encontro efetivo com Jesus. Jesus se preocupa com as pessoas e, no encontro, revela o rosto amoroso do Pai.

Jesus, o Mestre, ele é o modelo de quem devemos seguir.

O seu projeto de vida nos é oferecido e nele devemos trabalhar. O Catequista precisa ser “ponte” para possibilitar a travessia do seu catequizando na realização do encontro. Desse encontro nasce a fé. A catequese vai construindo um caminho de crescimento, amadurecimento pessoal e comunitário da fé. O Papa Francisco nos disse: “A fé nasce do encontro com o Deus vivo que nos chama e revela o seu amor”. O chamado à comunhão com Deus é algo inerente e próprio da natureza humana e, no mais profundo do nosso ser, percebemos que o Absoluto é essencialmente amor.

Jesus é a Luz do mundo

Jesus é a Luz de que todos nós necessitamos. Várias são as passagens bíblicas que encontramos Jesus nos dizendo que é Luz. No Evangelho de João 8,12, Jesus nos diz: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não caminha na escuridão, mas terá a luz da vida”. Em João 9,5 Jesus disse: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. Ele se identifica conosco. Ele é a luz necessária para que o ser humano rompa as amarras das trevas que o escravizam e caminhe com segurança e liberdade. Já em Mateus 5,13-14 Jesus vai nos dizer que nós somos a luz do mundo. Somos sal da terra e luz do mundo.

O sal tem a função de dar sabor para as comidas. Sem ele a comida fica sem graça. Uma pitada de sal pode fazer toda a diferença. Do mesmo modo, a vida do cristão deve trazer sabor à vida das pessoas, alegria, felicidades. Esse sabor pode estar nas boas ações praticadas, no acolhimento ao outro, no cuidado, na escuta.

Jesus também disse que somos a luz do mundo. A luz serve para iluminar a escuridão, guiando os passos das pessoas. Diz o Evangelho de Mateus que uma cidade situada sobre a montanha não pode ficar escondida. Nem se acende uma lâmpada para colocá-la embaixo da caixa, e sim sobre o candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão na casa. É desse jeito que Jesus espera que sejamos luz diante dos outros, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus.

Assim deve ser a vida do cristão iniciado na fé. Deve ser luz que ilumina os que estão em sua volta. Jesus continua ainda hoje abrindo nossos olhos, chamando e exigindo decisão pessoal e responsável. É preciso testemunhar sobre Jesus e ajudar as pessoas participar dessa luz de Cristo. É de fundamental importância espalhar a luz de Cristo para o alcance de todos. Esta é a tarefa do cristão iniciado na fé em Cristo.

 

Neuza Silveira de Souza.

Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.



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