Estamos no mês de maio. Mês da alegria, mês das mães. Mês da criançada coroar Nossa Senhora. Nesse sentido, além de celebrar o dia da nossa mãe, segundo domingo do mês, também celebramos Maria, mãe de Jesus que é também nossa mãe. O Papa Francisco nos diz: “Maria é modelo de fé. É modelo também de união com Cristo, seja em suas tarefas cotidianas, seja no caminho da cruz, até se unir a Ele no martírio do coração. Ela é modelo de fé não só porque, como judia, esperava o redentor, e, com seu sim, aderiu ao projeto de Deus, mas porque, desde aquele momento da vida, ela se centrou em Jesus”. O seu sim, já perfeito desde o início, cresce até a Cruz, em que a sua maternidade se espalhou abraçando a todos. Assim, Maria é também nossa mãe. E, todas as nossas mães têm em Maria, um modelo em quem pode-se espelhar. Ela Viveu na simplicidade das mil ocupações e preocupações cotidianas de toda mãe, como fornecer o alimento, a vestimenta, cuidar da casa, cuidar da educação do Filho e cuidar da fé.
Na Bíblia encontramos muitos escritos sobre Maria. Dos seus escritos podemos refletir quem é Maria, esse modelo de fé, de discípula de Cristo, indo mais além nossa reflexão nos levam a Maria, mãe da Igreja e presença constante na evangelização.
Quem é Maria, Mãe de Jesus
Maria, mãe de Jesus, foi aquela que acolheu e amou a Palavra de Deus, que carregou em seu seio a Palavra viva, que fez a grande experiência do amor e da fidelidade de Deus, por meio de Jesus Cristo. Ela foi a escolhida por Deus para ser Mãe do Salvador. Ela é aclamada como a mãe de Jesus, a mãe de Deus, a nossa mãe. Maria deu à luz o menino que se revelou como o próprio Deus em nossa carne. Por isso Maria é mãe, não só porque gerou Deus, mas porque gerou Deus na carne. Em Jesus, Deus se faz um de nós, vem morar em nosso meio, nos constitui templo para sua morada e abre o caminho da salvação para toda a humanidade.
Ela é a mãe do Filho de Deus. Nos gestos e atitudes de Jesus, seu Filho, Deus aproxima-se da humanidade e cumpre a promessa de salvação. A presença salvadora de Jesus possibilita a todos viverem como irmãos. Assim, como mãe e mestra dos primeiros Apóstolos ela é também mãe de todos nós, por pertencermos à família redimida de Cristo. Na nossa religiosidade ela ocupa lugar especial. Cada pessoa é um sinal de Deus; Maria o é de modo especial.
Maria como modelo de fé
Maria, assim como todos os Apóstolos, foi compreender e ver com mais clareza o mistério em que estava envolvida, só depois da ressurreição de Jesus. Antes, nada estava claro para ela. Ela vivia sua vida sempre entregue a Deus. Meditava e guardava a Palavra de Deus no coração, colocando-a em prática conforme lemos no Evangelho (Lc 11,27-28; Lc 8,19-21). Em sua vida estava sempre presente este desejo: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua vontade”. E com esse sentimento no coração, no silêncio de sua casa em Nazaré, ela cuidava dos afazeres da sua casa, educava seu filho e o preparava para sua missão, assim como todas as mães que dedicam toda a sua vida para prepararem seus filhos para o mundo. Maria é a mãe inspiradora de muitas mulheres na desafiante missão da maternidade.
Maria é para nós modelo de verdadeiros discípulos e discípulas. Mulher de fé que segue sempre aprendendo, capaz de ouvir, silenciar e guardar em seu coração os acontecimentos. Sempre pronta Maria deu o seu “sim” e se manteve fiel a ele nas mais diversas circunstâncias. Foi fiel ao sim pessoal e fundamental para a história da salvação. Sua fé sempre foi compromisso com o Reino. Ela se compromete com o Reino pela fé na Palavra de Deus e por gerar o Cristo para o mundo, por meio do anúncio e do serviço.
Maria, antes de tudo “mãe” passou por grandes dificuldades. “E guardava tudo no coração” (Lc 2,51). Portanto podemos chamá-la a mãe do silêncio. Em quase toda vida pública de Jesus Maria fala pouco, contempla Jesus e procura crescer na fé.
Olhemos para a realidade de nossas mães! Mães capazes de se doar totalmente a sua vida para seus filhos. Vive o amor incondicional e o perdão.
O Papa Francisco nos lembra que cada pessoa humana deve a vida a uma mãe, e quase sempre lhe deve muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. Contudo, a mãe, embora seja muito exaltada sob o ponto de vista simbólico: muitas poesias, muitas coisas bonitas, ela é pouco escutada e pouco ajudada no dia a dia, pouco considerada no seu papel central na sociedade. E faz uma denúncia: “Muitas vezes aproveita-se da disponibilidade das mães a sacrificar-se pelos filhos para ‘economizar’ nas despesas sociais”.
Que este domingo de maio seja um domingo especial que servirá de modelo para que todos os filhos voltem sempre seus olhares para sua Mãe: aproximem-se, abracem, beijam, dê carinho. Acolha-a, não só hoje, mas sempre.
E fiquem atentos, pois neste mês vamos conhecer melhor Maria e a assemelhar-se à nossa mãe.
Feliz Dia das Mães!!! Em nome de todas as catequistas saudamos as primeiras Catequistas: as mães de todas as épocas que são as primeiras a ajudarem seus filhos a trilharem o caminho da fé.
Neuza Silveira de Souza.
Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.