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[Artigo] NATAL: Tempo de renovação – Neuza Silveira

Todos os anos as experiências se renovam. Através da beleza da cidade com as luzes, as árvores enfeitadas nas avenidas, as frentes das casas, as praças, tudo brilha e se colocam na espera daquele que veio, que vem e que virá sempre. Toda essa preparação nos traz lembranças boas, aquecem nossos corações com seu amor verdadeiro e despertam nossa atenção para aquele homem que está quase esquecido por nós. Mas ele nunca nos esquece, nunca deixa de nos amar. Ele está sempre à porta e bate querendo entrar.

Desde o princípio nós éramos alertados: João Batista, precursor de Jesus, o profeta filho da Ana e do Zacarias dizia: “No meio de vós está Alguém que vós não conheceis”. Dizia com muita coragem e muitos foram atraídos por ele, jovens e adultos que buscavam viver um novo projeto de vida e amor, colocando-se em preparação para a chegada daquele que é luz verdadeira que ilumina todo ser humano que vem a este mundo.

Até hoje são muitos os que ainda não conhecem aquele que vem, aquele que incorpora em si o amor, se tornou luz verdadeira para toda a humanidade. Mas conhecê-lo, encontrar-se com ele, torna-se motivo para uma reorientação da vida. Ele que vem como uma luz que iluminou toda a complexidade da vida, uma fonte de água viva que jorra para a vida eterna. Essa pessoa é Jesus que nos convida a mergulharmos na fonte de água viva, saciar a nossa sede e renascer para uma vida plena até à eternidade. Assim somos chamados a estar nesse mundo deixando fluir raios de luz para o outro, aquele que, juntamente conosco, estará também celebrando esse dia.

Você está preparado para celebrar este Natal? Está pronto para se deixar banhar por essa luz que atinge nossa interioridade, desperta nossas sensibilidades, nos tornam vulneráveis às coisas de Deus e dos irmãos? É para isto que procuramos entender o porquê do despojamento de Jesus por todos nós. Esse homem humano, Ele que “Fez-se igual a nós em tudo” (Hb 4,15), esse “Cristo Jesus, que era de condição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si próprio. Assumindo a condição de escravo, tornou-se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-se ainda mais, obedecendo até a morte e morte de Cruz” (Fl 2,6-9). Assumindo nossa carne, ele participou de toda nossa condição humana: de nossa finitude, de nossas angústias e esperanças. Viveu uma vida comum junto aos pobres, foi pobre, teve fome, sede, frio, calor, dor e incompreensões. Ele viveu tempos difíceis, noites escuras, mas sempre confiou e foi nas mãos do Pai que entregou o seu Espírito. “Fez-se igual a nós em tudo, menos no pecado.

Ele se foi para o Pai, mas cumpriu sua promessa de sempre ter conosco o ser Espírito. E a cada ano somos convidados a celebrar as memórias de seu nascimento. Isto, muitas vezes, fica esquecido. Celebrar a vida, os nascimentos, as famílias, jovens, adultos, idosos, todos que fazem parte desse convívio com ele, também renasce com ele.

Muitos se preocupam com os presentes, viagens, roupas, vê o Natal como um período de férias para viajar em busca de lugares bonitos e esquecemos-nos do próprio sentido do Natal.

O “espírito natalino” nos propõe um exame de consciência. Nos transportam para os ensinamentos bíblicos encontrados, por exemplo, nas cartas aos Gálatas: “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher”. Esse é o grande presente de Natal para nós. Deus que quis nascer e crescer em uma família como nós e assim nos fazendo caminho de encontro com a humanidade.

Ao preparar o nascimento de seu Filho, Deus enviou seu mensageiro a Maria, uma jovem de Nazaré, que o acolhe com alegria e assume seu compromisso com Deus. Ela se faz serva do Senhor se colocando disponível segundo a sua Palavra. Assim diz: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. É o Evangelho de Lucas que nos fala desse mistério e descreve a intervenção de Deus junto à humanidade (cf. Lc 1,26-38).

Continuando no Capítulo 2, 1-21, Lucas narra a experiência do nascimento do verbo encarnado. “José subiu da Galileia à Judéia com sua esposa Maria, que estava grávida.” Ali se completara os dias. Ela deu à luz seu filho e, envolvendo-o em faixas, colocou-o em uma manjedoura, porque não tinham encontrado hospedagem naquele lugar.

Assim, é o Natal para nós: um renascimento. Um assumir o compromisso de deixar-se entranhar pelo mistério da encarnação. Deixar Deus se aproximar e realizar sua vontade por meio de nós.

Deixar a Palavra de Deus encarnar em nossa vida e nos corações. Renascer com Jesus, pois com seu nascimento, Deus que se torna gente em Jesus, deve ser a base da experiência do nosso viver.

A você catequista: Feliz natal. Muitas alegrias, saúde, paz e renascimento. É só abrir a porta.

Neuza Silveira de Souza,

Coordenadora do Secretariado Bíblico-Catequético da Arquidiocese de Belo Horizonte.

 



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