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[ Artigo] O maior dom da família – Neuza Silveira

A família é chamada a trabalhar seu dom de comunicação para a transmissão da fé como ato de responsabilidade na educação e transmissão da fé para seus filhos. O primado da fé em Deus encontra-se na afetividade em família e nela se faz a experiência do encontro com Jesus Cristo.

Segundo o Papa Francisco, os laços familiares, dentro da experiencia de fé e do amor de Deus, são transformados produzindo um sentido maior para o acolhimento do outro, irmão e irmã que se encontram à margem da vivência familiar. A família é o lugar de construir e fortalecer laços de amor. Lugar de inclusão. Disse o Papa Francisco em uma de suas homilias sobre a família: “A sabedoria dos laços que não se compram e não se vendem é o dom principal da família. Em família, aprendemos a crescer naquela atmosfera dos laços. A “gramática” se aprende no seio da família, caso contrário é bem difícil aprendê-la. É justamente esta a linguagem por meio da qual Deus se faz compreender por todos”.

De um modo geral, a comunicação se faz através da troca de informações. Quando se refere ao sistema familiar, a construção da comunicação se dá nas relações entre os pais e na interrelação entre pais e filhos em um processo comunicativo quando todos possam se expressar e simultaneamente comungar a sua subjetividade.

Segundo Ivonete Kurten, fsp, comunicar significa participar, falar ou corresponder a uma determinada provocação. A arte de comunicação possui três palavras mágicas para sua efetivação completa, que na vida de um casal são de essencial importância: falar, ouvir, compreender. O falar pressupõe disponibilidade para escutar/ouvir. O casamento é o lugar privilegiado para desenvolver e aumentar a arte da comunicação.

Para além de outros sentimentos, é preciso cultivar sentimentos de paz e amor em relação ao outro, cultivar o silêncio para bem ouvir o outro, abrir-se ao diálogo. Muitos outros fatores existem para uma boa comunicação, mas é preciso também assumir atitude de espiritualidade. Quando se oram juntos, rezam uns pelos outros, pelas coisas boas, pelos erros e faltas etc. Entregando tudo nas mãos de Deus expressam a confiança que têm na ação divina e a certeza de que tem Deus caminhando junto.

Cada família tem seu jeito de caminhar, tem seu estilo próprio, estabelecem suas regras familiares, mas sem deixar de faltar o carinho, o afeto, o diálogo, o respeito, o amor, definições de limites. Na relação familiar, esses fatores proporcionam transformações nas pessoas, tornando-as mais seguras em suas relações.

Nesse sentido, podemos compreender e acolher o convite especial do Papa Francisco, quando diz: “que os laços familiares no âmbito da obediência da fé e da Aliança com o Senhor não os modificam, mas, ao contrário, os protegem, os desvinculam do egoísmo, colocando-os a salvo para a vida que não morre”. Disse, ainda: “quando os laços familiares se deixam converter ao testemunho do Evangelho, tornam-se capazes de coisas impensáveis, que fazem tocar com as mãos as obras que Deus realiza na história, como aquelas que Jesus fez para os homens, as mulheres e para as crianças.

Com essa proposta de vivência familiar, onde há uma interrelação de sentimentos, cuidados e amor, possam todos realizar uma tomada de consciência com o que está acontecendo com nosso planeta, nossa Casa Comum e se permitir uma sensibilidade para com a nossa natureza, nossa terra, nossas águas e rios, elementos que possibilitam nos oferecer o sustento para o nosso corpo. Todos somos chamados a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção de consumo, para combater as causas que afetam o planeta, ou pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam.

Que nesse tempo quaresmal, possamos rever nossos passos rumo à plenitude da vida, dirigir um olhar ao nosso redor, e contemplar tudo o que Deus fez. Sentir e comunicar aos outros a singeleza do amor de Deus para com a humanidade criada. Que seja esse tempo, um tempo de esperança viva, fé firme e caridade operosa. Cantemos com São Francisco: “Louvado Sejas, meu Senhor”.

Neuza Silveira de Souza.

Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.



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