Em seu tempo livre, o padre José Cícero Marques Júnior, reitor do Santuário Arquidiocesano da Santíssima Eucaristia, procura ter uma leitura variada, que o ajuda a adquirir conhecimentos novos, a expandir horizontes e a desenvolver habilidades críticas. Nesse sentido, padre José Júnior gosta muito dos livros que o ajudam a explorar diferentes mundos, a compreender a complexidade humana e a refletir sobre comportamentos e emoções. Nesta semana, o pároco partilha conosco, como Dica Literária, a obra “As Pequenas Chances”, da escritora e médica Natália Timerman.
Padre José Júnior lembra que escutou a leitura desse pequeno trecho da obra, o qual despertou o seu interesse em conhecer o livro completo: “A morte é abstrata porque nunca vivemos o tempo todo na presença de alguém. Tudo está mais ou menos no mesmo lugar, vive-se na mesma cidade, a mesma rotina, então a consciência repentina e aleatória que nos assalta de tempos em tempos, de que a ausência agora é definitiva, causa também algum tipo de culpa, como se, ao nos depararmos com o definitivo da morte, a estivéssemos provocando de novo”.
A leitura da obra despertou no pároco uma profunda reflexão sobre a morte: “sobre como lidamos com esse fato natural, que é a única certeza que temos na vida. Acho que os leitores desse livro, também podem fazer esse caminho de reflexão: a nossa vida é tão corrida, que a cada despedida, não sabemos se iremos reencontrar com aquela pessoa novamente. Nós não vivemos o tempo todo na presença das pessoas, principalmente, das pessoas que amamos”. Padre José Cícero recorda ainda que a obra de Natália Timerman conduz à importante reflexão de que a nossa vida é recheada de diversas questões do cotidiano e como lidamos com cada uma: “O livro nos faz pensar de forma leve, como o amor, a perda e os pequenos gestos podem alterar significativamente o curso de uma vida. Sejamos intensos nos pequenos gestos, nas pequenas despedidas. Nunca saberemos quando eles serão os últimos.”
