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“O amor não se compra, não se exige: o amor se acolhe”

Nesta quarta-feira, 9 de abril, o Papa Francisco deu continuidade ao seu ciclo de catequeses sobre o tema “Jesus Cristo, nossa Esperança” e convidou os fiéis a refletirem sobre o encontro de Jesus com o jovem rico, narrado no Evangelho de Marcos 10,17-22.

Em seu texto, o Pontífice sublinhou “o drama de quem, mesmo tendo uma vida moralmente correta, sente que algo ainda falta”. “Este homem desde jovem observava os mandamentos, mas ainda não havia encontrado o sentido profundo da vida. Ele carrega dentro de si uma inquietação, uma sede, uma carência que não se resolve apenas com o cumprimento da Lei.”

Jesus olha o coração

Segundo o Santo Padre, “o Evangelho apresenta este homem como alguém que corre ao encontro de Jesus, se ajoelha e pergunta: ‘Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?’. “A pergunta revela uma lógica de mérito: como se a salvação fosse uma conquista, um prêmio por boa conduta. Mas Jesus — explica o Pontífice — vai além da pergunta. Ele não se limita a escutar palavras, Ele olha o coração.”

“O verbo usado por Marcos é expressivo: fitando o olhar, sentiu afeição por ele”. “Jesus vê além das aparências, vê a fragilidade e, ao mesmo tempo, o desejo profundo de ser amado: Somos verdadeiramente felizes quando nos damos conta de que somos amados assim, gratuitamente, pela graça. E isto vale também nas relações entre nós: enquanto procurarmos comprar o amor ou mendigar o afeto, essas relações nunca nos farão sentir felizes.”

Viver em comunhão

Papa Francisco continua sua reflexão explicando que “Jesus propõe ao jovem algo radical”: ‘Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me’. “Trata-se de um convite à liberdade interior, a desatar os nós que nos prendem ao porto da autossuficiência. A imagem do navio é iluminadora: podemos ter uma embarcação perfeita, mas se os lastros não forem puxados, ela nunca partirá. Assim acontece conosco: pensamos que estamos bem, mas algo nos impede de avançar. E por vezes, o que julgamos ser uma segurança, é apenas um peso.”

Segundo o Pontífice, “Jesus não chama o jovem à solidão, mas à relação. O seguimento de Cristo é um convite a viver em comunhão, a sair do anonimato”. “Na cultura do individualismo em que vivemos, corremos o risco de perder até mesmo o som do nosso nome. Só em uma relação de amor gratuito é que escutamos alguém nos chamar, e então sabemos quem somos.”

“O jovem, porém, se afasta triste”. “É a tristeza de quem não consegue desapegar-se, de quem permanece preso às suas seguranças”, sublinha o Santo Padre. “Quantas vezes confundimos riquezas com felicidade, e nos esquecemos que o amor não se compra, não se exige: o amor se acolhe.”

Ao fim de sua catequese, o Pontífice convidou a todos a confiar ao Coração de Jesus as pessoas que se sentem tristes, indecisas, bloqueadas em suas escolhas. “Peçamos que cada um possa sentir o olhar de Jesus, cheio de ternura, que nos ama assim como somos e nos chama a levantar âncora, a largar o porto e a navegar para o largo da esperança.”

*Divulgação Vatican News 

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